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EUA firmam acordo comercial histórico com Suíça e Liechtenstein

EUA firmam acordo comercial histórico com Suíça e Liechtenstein

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ter alcançado um acordo-quadro de comércio com a Suíça e o Liechtenstein, classificando o avanço como um marco histórico. Segundo ele, o pacto ampliará ainda mais o acesso dos exportadores norte-americanos ao mercado europeu e deverá atrair centenas de bilhões de dólares em investimentos para os Estados Unidos — um volume que autoridades em Berna ainda estariam assimilando.

Pelo plano, empresas suíças e liechtensteinianas deverão investir ao menos US$ 200 bilhões na economia americana, sendo um terço desse montante já até 2026. Grandes multinacionais como Roche, Novartis, ABB e Stadler confirmaram publicamente sua participação, enquanto outras estariam finalizando seus compromissos, segundo Washington.

O acordo estabelece um teto tarifário conjunto de 15%, alinhado ao nível oferecido aos países europeus. Em contrapartida, Berna e Vaduz eliminarão tarifas sobre diversos produtos agrícolas e industriais — de nozes e frutos do mar a produtos químicos e bebidas alcoólicas. Os EUA, por sua vez, obterão maior acesso a setores como dispositivos médicos, padrões automotivos e laticínios.

Trump destacou que o pacto elimina barreiras não tarifárias que há anos dificultavam a entrada de produtos americanos na Suíça, prometendo menos burocracia e novas oportunidades para fabricantes dos EUA.

A digitalização também é um pilar essencial do acordo: estão previstas regras para o comércio digital e a eliminação de tributos sobre serviços digitais, o que deve facilitar a atuação de empresas de tecnologia norte-americanas no mercado europeu. Outro objetivo é reforçar cadeias de abastecimento e reduzir a dependência de políticas de terceiros países.

Em 2024, o déficit comercial de bens dos EUA com a Suíça e o Liechtenstein somou US$ 38,5 bilhões. Washington espera zerar esse saldo até 2028 — uma meta ambiciosa, considerando a robustez e a complexidade da economia suíça.

As negociações continuam, e a versão final do acordo é esperada para o início de 2026. Até lá, resta aos mercados acompanhar os próximos passos. As promessas são grandes, mas, como sempre, tudo dependerá dos detalhes.

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